Ver-o-peso


Quem não surporta mais a solidão pode apelar para banhos e várias simpatias

Para quem não deseja passar o Dia dos Namorados sozinho, uma alternativa é apostar na força dos banhos de ervas da Amazônia. Entre os erveiros do Ver-o-Peso não faltam receitas para a conquista de um amor. O vendedor de ervas José Carlos Correia conta que desde a semana passada já era grande o número de pessoas em busca dos famosos banhos de atração. "Um dos mais procurados é o banho batizado de ‘atrativo do amor’, composto de ervas como o agarradinho, carrapatinho, chora nos meus pés, pega e não 
me larga, vai e volta, corre atrás e chega-te a mim", conta.

O erveiro também sugere a essência do "atrativo da perseguida". "O ideal é fazer o banho e depois passar a essência no corpo. De preferência, colocar o nome do pretendente dentro do vidro e usar normalmente", ensina José Carlos. Com uma experiência de 17 anos no ramo, ele sugere que o banho seja tomado na véspera do dia 12 ou no próprio Dia dos Namorados. "Deve-se tomar o banho normal e por último jogar o ‘atrativo do amor’ da cabeça aos pés", diz ele, garantindo que dá certo. Quem preferir, pode comprar as ervas e fazer em casa ou levar já pronto ao preço de R$ 15.

Já a erveira Isabel Barbosa indica o banho ‘laço do amor’, composto de ervas atrativas. "Existem as mais conhecidas, como ‘faz querer quem não me quer’, ‘queira não queria, tem que querer’, mas existem outras com o mesmo poder, que não são conhecidas por isso, como a priprioca, o ganha aqui, ganha acolá’ e o próprio patchouli", diz.

Para quem não é adepto dos banhos de erva, Isabel indica o uso de pétalas de rosa, mel, fitas e, claro, a imagem de Santo Antônio, o ‘santo casamenteiro’. "Muitas pessoas procuram esses itens também", indica. Uma das mais experientes erveiras do Ver-o-Peso, Edna Barros, com mais de três décadas de mercado, indica o "banho da felicidade" e a "água de chama". "São os mais procurados nessa época", justifica.

CASAMENTEIRO

Nascido Fernando de Bulhões, em 15 de agosto de 1.195, em Lisboa, o popular Santo Antônio entrou um convento agostiniano aos 15 anos, onde provavelmente se ordenou. Só passou a ser chamado de Antônio em 1.220, quando ingressou na Ordem Franciscana, na esperança de pregar aos sarracenos no Marrocos.

Depois de um ano de catequese, seguiu para a Itália, onde foi indicado professor de teologia pelo próprio São Francisco de Assis. Lecionou nas universidades de Bolonha e Pádua, adquirindo grande renome como orador sacro no Sul da França e na Itália. Ficaram célebres os sermões que proferiu em Forli, Provença Languedoc e Paris.

Antônio morreu a caminho de Pádua em 13 de junho de 1.232 pelo para Gregório IX. Mais tarde, a profundidade dos textos doutrinários de Santo Antônio fez com que em 1.946 o papa Pio XII o declarasse doutor da igreja. No entanto, o monge franciscano conhecido como Santo Antonio de Pádua ou de Lisboa, tem sido objeto de grande devoção popular. Sua veneração é muito difundida nos países latinos, principalmente em Portugla e no Brasil. Padreiro dos pobres e casamenteiro, é também invocado para o enontro de objetos perdidos.

O professor, escritor, crinosta e coordenador da Editora da Unama João Carlos Pereira explica que Santo Antônio ganhou fama de “casamenteiro”, embora essa não tenha sido sua principal função. “Ele tinha uma atuação muito grande junto aos pobres, em trabalho sociais, mas nãpo tinha muito aproximação com casamento, mas acabou ganhando a fama”, conta.


Fonte: ORM/Oliberal
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